O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu em 2023 a Ordem de Rio Branco ao coronel Fabrício Moreira de Bastos. Ele é um dos 37 indiciados, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pela PF (Polícia Federal) nesta 5ª feira (21.nov.2024) por suposta tentativa de golpe de Estado.
O nome do militar investigado consta na lista de agraciados pela honraria, entregue a quem prestou serviços meritórios à União, consta no DOU (Diário Oficial da União) de 20 de novembro de 2023. Eis a íntegra (PDF – 2 MB).
Na ocasião, Lula também condecorou sua mulher, a primeira-dama Janja Lula da Silva, e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, relator do inquérito em que Moreira de Bastos é investigado.
O militar, adido de Defesa, Naval e do Exército na Embaixada do Brasil em Tel Aviv (Israel), recebeu o grau de Comendador, o 3º mais alto dos 5.
Bastos foi coronel do 52º BIS (Batalhão da Infantaria de Selva), localizado em Marabá (PA). Deixou o cargo em janeiro de 2022. Deixará o cargo em Israel a partir de junho de 2025. A demissão foi assinada pelo comandante do Exército Tomás Paiva. Eis a íntegra (PDF – 191 kB).
O que diz o governo
O Poder360 questionou a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) a respeito da honraria dada por Lula e como se deu o processo de escolha dos nomes.
Segundo o Planalto, Fabrício Moreira de Bastos foi indicado pela embaixada do Brasil em Tel Aviv, onde ele trabalhada como adido militar.
O ministério das Relações Exteriores sinalizou que os questionamentos cabem ao Ministério da Defesa.
Este jornal digital questionou o Ministério da Defesa e até a publicação desta reportagem, não houve manifestação.
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