"...parece que não há uma investigação de fatos, mas a tentativa de incriminar determinadas pessoas, o que é inaceitável" Defesa de Jaques Wagner
O senador Jaques Wagner (PT) está na mira da Operação Lava Jato de Curitiba. Segundo a coluna Radar, da revista Veja, no mandado de busca dos endereços do ex-executivo da Odebrecht, Maurício Ferro, expedido pela juíza Gabriela Hardt, há orientação para encontrar documentos que possam comprovar a relação do ex-governador da Bahia ao investigado.
Outros petistas estão na lista, como José Eduardo Cardozo, Giles Azevedo, Fernando Pimentel, Aloizio Mercadante, Anderson Dornelles, Edinho Silva, Beto Vasconcelos, Aldemir Bendine e José Di Filippi Júnior. Além deles, também estão os advogados Nelson Jobim, Dora Cavalcanti e o falecido Marcio Thomaz Bastos.
Diligência em escritório
Na mesma decisão da 64ª fase da "lava jato", Hardt autorizou diligências no antigo prédio do escritório do advogado José Roberto Batochio.
A PF esteve apenas nas catracas do prédio para tentar a lista de pessoas que visitaram o escritório. A busca aconteceu sob a supervisão de um representante da OAB. Foi vedada a apreensão de documentos como petições ou minutas de peças jurídicas, caso fossem encontrados.
Sem acesso
Em nota, a defesa do senador Jaques Wagner afirmou que não teve acesso ao inquérito. Além disso, apontou que há uma tentativa de incriminá-lo.
Leia a nota:
NOTA À IMPRENSA
Sobre as notícias veiculadas neste final de semana, a partir de acordo de delação vazado para a imprensa, a defesa do Senador Jaques Wagner (PT-BA) esclarece que:
1. Os advogados do Senador não tiveram acesso ao inquérito a que as buscas e apreensão se referem, tampouco aos documentos que foram apreendidos, até mesmo porque nenhuma medida desta natureza foi dirigida a Jaques Wagner;
2. Causa estranheza, no entanto, que mandado de busca e apreensão contra um ex-executivo de uma empresa tenha escolhido alvos previamente, de pessoas que supostamente poderiam ser comprometidas. Isso explicita que, mais uma vez, parece que não há uma investigação de fatos, mas a tentativa de incriminar determinadas pessoas, o que é inaceitável;
3. Sobre a locação de um imóvel na Bahia, em 2010, para que a Presidenta eleita Dilma Rousseff descansasse após as eleições, o senador, então governador da Bahia, alugou e pagou pelo imóvel com cheques, por meio de contrato de locação lícito de imóvel, com valor compatível e adequado ao mercado e com recursos igualmente legais. Importante registrar que nem mesmo o delator faz relação deste pagamento com dinheiro de origem ilícita.
Salvador, 25 de agosto de 2019.
Na sua rede social, o senador compartilha link do site PT no Senado, confira:
Informações: Consultor Jurídico (Conjur), Varela Notícias, Cultura e Realidade, Radar (Veja)
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