Diante da filiação de Bolsonaro ao PL, Miguel Coelho (DEM) não parece estar apreensivo com eventual reorganização na competição eleitoral no Estado de Pernambuco.
O ano de 2021 vai chegando ao fim e a convicção do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), em torno de sua candidatura ao Governo de Pernambuco em 2022 só aumenta. É o que deixou claro na confraternização que realizou com a imprensa na noite da última sexta-feira (17).
Miguel não se mostrou preocupado com a possibilidade do jogo eleitoral no Estado passar por uma rearrumação, com a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao PL. Uma das condições impostas por Bolsonaro para ingressar na legenda, conforme os bastidores políticos, era a de indicar nomes de sua preferência em alguns Estados. No caso de Pernambuco, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, presidente estadual do PL, poderia sair para a disputa majoritária, em vez de compor com a prefeitura de Caruaru, Raquel Lyra, como senador na chapa da oposição.
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“A chegada de um presidente, em qualquer partido que seja, lhe redesenha seu formato, até pelo peso que a presidência representa, e ao que tudo indica, é um candidato à reeleição. Essa reorganização de forças é natural não só em Pernambuco, mas no Brasil inteiro”, avaliou.
Sobre Bolsonaro, aliás, o prefeito minimizou a não indicação do senador e agora ex-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Esse fato foi visto como uma “ingratidão” do presidente ao seu ex-líder, que defendeu pautas de grande relevância para o país enviada pelo Executivo ao Congresso. Além disso, FBC se expôs também na defesa do Governo Bolsonaro durante a CPI da Covid. Mas Miguel garante que, apesar de tudo isso, o seu grupo não mudou de lado.
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“Não sou de fazer política do ‘toma lá, dá cá’, nem o nosso grupo político liderado pelo senador Fernando Bezerra. Acho que o senador encerrou um ciclo de sua vida. É inquestionável, seja de qual frente ou ideologia for, em reconhecer o esforço que ele teve em defesa não do governo federal em si, mas em defesa do Brasil, as pautas de reformas que pudessem gerar empregos (…) A gente não mudou de lado e não pode achar que um fato isolado vai mudar esse contexto.
Isso foi só uma questão de espaço que o senador ocupava, mas que ele vai continuar lutando por mais recursos, por mais investimentos. Até porque a força que Petrolina representa nos legitima a bater em qualquer porta em Brasília para brigar por recursos”, ponderou.
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Fonte: Carlos Britto
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