O líder religioso Antônio Desidério, comumente conhecido como "Padre Toinho", foi detido na manhã de hoje, terça-feira (20), na cidade de Juazeiro, localizada na região Norte da Bahia, sob a acusação de violência sexual contra um menor de idade.
Segundo informações não oficiais, o incidente ocorreu no bairro Santo Juazeiro, em Juazeiro, no início deste ano. O religioso teria envolvido-se em atos inapropriados, como beijar o adolescente e tocar suas partes íntimas. Relatos indicam ainda que o acusado teria realizado sexo oral no adolescente e coagido a vítima a praticar sexo oral nele também.
A denúncia foi registrada na Delegacia de Polícia Civil de Juazeiro no dia 04 deste mês. Subsequentemente, o acusado foi convocado a prestar depoimento e compareceu à Delegacia acompanhado por sua defesa. Tendo sido expedido um mandado de prisão anteriormente, o padre foi detido e encaminhado ao Conjunto Penal de Juazeiro.
O padre em questão não faz parte da Diocese de Juazeiro, mas sim da Congregação dos Redentoristas.
Procuramos a Diocese de Juazeiro para obter um posicionamento oficial da Igreja Católica a respeito desse caso, porém, até o presente momento, não recebemos resposta alguma.
A Congregação do Santíssimo Redentor emitiu nota:
“Em nome da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), presentes em Salvador/BA, informamos da prisão preventiva de um de nossos confrades, o sacerdote Antônio Deziderio Frabetti Vieira, conhecido como Pe. Toninho, em decorrência de uma acusação, ainda em fase de inquérito policial, portanto sob a égide da presunção de inocência, garantida pelo artigo 5°, inciso LVII da Constituição Federal, segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.
Vimos, por conseguinte, em nome da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), por meio desta, afirmar:
1. Nosso apoio integral e incondicional às vítimas, em consonância com as orientações emanadas da Igreja e do seu Sumo Pontífice, o Papa Francisco, mormente aquelas contidas na Carta Apostólica Sob Forma de “Motu Proprio” Sobre A Proteção dos Menores E das Pessoas Vulneráveis, de 26/03/2019, que estabelecem os seguintes princípios, a nortear a conduta dos religiosos, in verbis:
“A tutela dos menores e das pessoas vulneráveis faz parte integrante da mensagem evangélica que a Igreja e todos os seus membros são chamados a espalhar pelo mundo. De facto, o próprio Cristo confiou-nos o cuidado e a proteção dos mais pequeninos e indefesos: «Quem receber um menino como este, em meu nome, é a mim que recebe» (Mt 18, 5).
[...]
2. Ao mesmo tempo, afirmamos nosso suporte e acompanhamento fraternal a nosso confrade, nos termos do mesmo “Motu Proprio” do Papa Francisco, acima citado, para que “se garanta aos arguidos o direito a um processo équo e imparcial, no respeito pela presunção de inocência e também pelos princípios de legalidade e proporcionalidade entre o delito e a pena”.
Declaramos estar à disposição das autoridades para prestar auxílio ou esclarecimento dos fatos, dentro das nossas possibilidades.”
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