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Lula chama Bolsonaro de "covardão" e diz que Brasil correu "sério risco" de golpe [vídeo]

Foto: Raphael Felice

Em discurso durante reunião ministerial, presidente citou investigações sobre suposta trama golpista articulada após as eleições de 2022.

Assista vídeo:

O presidente Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), declarou que o Brasil enfrentou um "grave perigo" de sofrer um golpe de Estado liderado pelo antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), a quem Lula se referiu como um "covarde" que "não teve a coragem de concretizar seus planos". Essas declarações foram feitas durante uma reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto na manhã desta segunda-feira (18).

Lula afirmou: "Hoje, temos clareza, através de depoimentos de ex-membros de seu governo [Bolsonaro], de indivíduos que estavam no comando das Forças Armadas, de pessoas convidadas pelo presidente [Bolsonaro] para executar um golpe. Há três meses, quando mencionávamos um golpe, parecia apenas uma sugestão, mas hoje estamos convencidos de que este país enfrentou um grave risco de golpe em decorrência das eleições de 2022."

De acordo com o presidente, não foi apenas a recusa de membros das Forças Armadas que impediu o golpe. Lula afirmou que Bolsonaro foi "covarde" e "fugiu" do país antes do dia 8 de janeiro, quando os edifícios dos Três Poderes foram vandalizados e invadidos em Brasília.

"E não houve golpe não apenas porque alguns membros das Forças Armadas se recusaram a apoiar a ideia do presidente, mas também porque o presidente é um covarde. Ele não teve a coragem de concretizar seus planos, ficou recluso no Palácio [da Alvorada] chorando por quase um mês e preferiu fugir para os Estados Unidos", disse.

"Ele esperava que, estando fora do país, o golpe pudesse acontecer, já que estavam financiando pessoas nas proximidades dos quartéis para incentivar o golpe. Como não deu certo, eles afirmam que nós atacamos a democracia, que eles são inocentes, que foram apenas discussões e que nada de concreto aconteceu", concluiu Lula.

A reunião ministerial
O presidente Lula e seus ministros se reuniram para avaliar o primeiro ano de governo e discutir as principais diretrizes para 2024.

Lula fez várias críticas ao governo anterior, descrevendo o estado em que os ministros de sua gestão receberam os cargos como "escombros".

Em uma declaração à imprensa, Lula elogiou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pelos acordos internacionais alcançados no setor agropecuário.

O presidente também expressou preocupação com a queda na popularidade do governo e pediu ao ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, que o governo melhorasse a divulgação das boas ações realizadas pela administração.

Quanto ao início do governo, em 2023, quatro ministros já não fazem parte da equipe ministerial. "O general Gonçalves Dias [Gabinete de Segurança Institucional] por causa dos eventos de 8 de janeiro, Daniela Carneiro [Turismo] por mudança de partido, Ana Moser [Esporte] para ajustes políticos e Flávio Dino [Justiça] que foi promovido", explicou o presidente, citando quem já deixou o governo.

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