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Venda de arroz limitada: Em Juazeiro, há supermercados restringindo compra a 5 pacotes por pessoa; entenda

Foto: Ilustrativa

Venda de arroz limitada: Em Juazeiro, há supermercados restringindo compra a 5 pacotes por pessoa; entenda

Supermercadistas destacam, porém, que há produto disponível e a medida é preventiva

POR SAMUEL LAUDILIO:
Usuários das redes sociais estão compartilhando imagens de anúncios de supermercados que estão restringindo a compra de arroz em suas lojas. Segundo relatos de alguns empresários, obtidos pelo Portal Spy, a medida visa evitar a escassez do produto nas prateleiras, especialmente diante das enchentes que têm afetado o Rio Grande do Sul, estado que responde por 70% da produção nacional de arroz.

Alguns supermercados informaram à imprensa que tomaram medidas preventivas para garantir um suprimento contínuo de arroz. Em diversas lojas, clientes estão limitados a adquirir até cinco pacotes do produto. Redes asseguram que não haverá falta de arroz em suas unidades.

Em Juazeiro, desde ontem (9), há estabelecimentos permitindo aos clientes comprar no máximo cinco pacotes de arroz. Segundo o posicionamento de alguns dos comércios, o objetivo é distribuir equitativamente o fornecimento, garantindo que todos os clientes tenham acesso ao arroz necessário para atender às suas demandas.

Restrições de venda em outros estados:
Usuários do Twitter também compartilharam fotos de supermercados em outros estados, como Ceará e Espírito Santo, implementando medidas similares. No entanto, não há relatos de grandes redes instruindo suas unidades a restringir a compra de arroz.

Na terça-feira, 8, o governo federal anunciou a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz para evitar a escassez do produto no mercado brasileiro. Contudo, especialistas alertam que é precoce avaliar o impacto inflacionário decorrente dessa crise. O preço do arroz é influenciado pela cotação internacional, que atualmente se encontra em níveis reduzidos.

Pronunciamento do ministro da Agricultura:
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a compra será conduzida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), diretamente do mercado externo.

Fávaro prevê que a maior parte do arroz importado virá dos países membros do Mercosul, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia, devido aos custos mais baixos e à proximidade geográfica.

Prevenção da escassez nas prateleiras:
O ministro destacou que não se trata de competir com os produtores brasileiros, mas sim de evitar uma corrida desenfreada pelo produto, o que poderia resultar em aumento de preços e falta nas prateleiras dos supermercados.

A compra será realizada em etapas, começando com um leilão de 200 mil toneladas de arroz já processado e embalado, prontas para serem comercializadas imediatamente.

Fávaro também assegurou que as compras serão encerradas assim que o governo perceber que o mercado está estável e não necessita mais da intervenção da Conab para garantir os estoques do produto.

Produção de arroz e desafios logísticos:
Segundo Fávaro, cerca de 1,6 milhão de toneladas do produto ainda aguardam colheita nos campos do estado.

No entanto, um dos principais desafios é a logística de transporte, pois é preciso transportar o arroz do Rio Grande do Sul para os centros consumidores. O ministro enfatizou a importância de agilizar a importação para evitar um aumento excessivo nos preços. Por isso, a compra será de arroz já processado e embalado.

Para que a Conab tenha acesso aos recursos necessários para a compra, será necessário aprovar um decreto legislativo de calamidade no Congresso Nacional e uma medida provisória do governo que abra crédito extraordinário.

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