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"Houve falcatrua em uma empresa", diz Lula ao comentar o "arroz gate" [vídeo]


Numa entrevista à rádio Meio FM, no Piauí, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou que “houve falcatrua em uma empresa” no leilão para a compra de arroz estrangeiro. Lula atribuiu o valor pelo qual o produto está chegando às prateleiras dos supermercados à importação dos grãos. 

Entenda aqui o que foi o “arroz gate”

Segundo o mandatário, “o pacote de 5kg de arroz tem que chegar na mesa do brasileiro a R$20,00”. Afirmou que o governo irá financiar plantações de arroz em outros estados com a contrapartida de que o alimento chegue aos pontos de venda com preços mais atrativos ao consumidor. A medida visa “não deixar o país refém de apenas uma região”.
Compra de arroz estrangeiro seria para mitigar possível desabastecimento

Atingido por fortes inundações no início de maio deste ano, o Rio Grande do Sul é o maior produtor do grão no país, sendo responsável por 70% da produção nacional. Logo no início da crise humanitária, o governo cogitou a possibilidade de desabastecimento de um dos principais itens do cardápio do brasileiro.

A hipótese foi descartada pelo presidente do Instituto Rio Grandense de Arroz. Rodrigo Machado explicou que as enchentes que assolam a região produtora não comprometeram a colheita. Mais de 84% da safra já havia sido colhida quando a água subiu.
“Restaram 142 mil hectares a colher. Destes, 22 mil hectares foram perdidos e 18 mil ficaram parcialmente submersos. Entre os grãos estocados nos silos, houve comprometimento de 43 mil toneladas”, disse em entrevista ao portal de notícias do estado.

O governo insistiu na importação do produto. Para isso, encomendou estudos para a compra e distribuição diretamente aos supermercados.

O projeto foi conduzido sob acusação de desestimular o produtor nacional. A autorização para importação de até 1 tonelada do grãos foi anunciada pelo Planalto. O órgão responsável pela operação seria a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligado ao Ministério da Agricultura.
Empresas que arremataram o leilão levantaram suspeitas

Entre as empresas vencedoras da nova licitação, o tipo de atividade econômica sinalizada pelo Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) causou estranheza tanto entre membros da oposição quanto entre veículos de imprensa.

As vencedoras do pregão foram uma pequena loja de queijos, uma locadora de veículos e uma fábrica de suco e sorvetes. O leilão realizado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que iria iria investir até 1,3 bilhões de reais na aquisição do arroz.

As quatro empresas vencedoras foram divulgadas na última quinta-feira, 6 de junho de 2024.

A ata de leilão público divulgada pela entidade mostra as empresas vencedoras foram Zafira Trading Ltda, ASR Locação de Veículos e Máquinas Ltda, Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos Ltda e Wisley A. de Souza Ltda.

De acordo com a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE), apenas uma das empresas vencedoras têm o comércio exterior como seu ramo de atividade principal. Esse fato despertou a atenção de políticos da oposição e da imprensa, que questionaram a capacidade das outras três empresas, cujas atividades são diferentes, de cumprir adequadamente os contratos firmados.

Após denúncias de possíveis irregularidades na licitação que determinou a compra de 263 toneladas de arroz, a pasta decidiu em reunião com o presidente Lula pelo cancelamento do pregão, reportou o portal UOL.

A medida foi anunciada em entrevista coletiva pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ele alegou que os responsáveis pela habilitação das empresas participantes do pregão eram as bolsas de mercadorias e cereais e que o governo só soube quais as empresas habilitadas pelas bolsas na hora do leilão.

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