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Starlink na Amazônia traz progresso, mas membros de tribo indígena brasileira se viciam em pornô, Whats e Insta

Foto: Reprodução internet

A rede de satélites Starlink tem trazido uma série de vantagens para diversas comunidades, conectando áreas remotas, com infraestrutura limitada, ou locais onde o sinal das operadoras tradicionais é fraco. No entanto, juntamente com esses benefícios, surgem também alguns problemas associados ao seu uso excessivo.

O periódico The New York Times trouxe uma história fascinante do Brasil, abordando uma tribo indígena que foi recentemente contatada através da iniciativa de Elon Musk na Amazônia.

O dilema dos Marubo:
Os Marubo, que vivem na Terra Indígena Vale do Javari, com aproximadamente 2 mil moradores, foram significativamente afetados pela chegada da internet. Com a ajuda da Starlink, puderam estabelecer comunicação com serviços de emergência nas proximidades, manter contato com seus familiares e também alertar sobre questões relacionadas à saúde e ao meio ambiente.

No entanto, os idosos começaram a perceber mudanças de comportamento entre os usuários mais jovens de celulares. Tsainama Marubo, de 73 anos, expressou preocupação com essa mudança, observando que atividades culturais tradicionais estão sendo deixadas de lado em favor do tempo passado nos dispositivos móveis.

As redes sociais, como Instagram e Kwai, e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, tornaram-se atividades comuns, substituindo o tempo anteriormente dedicado à convivência familiar. Esses relatos ecoam problemas semelhantes enfrentados por sociedades conectadas em todo o mundo, onde o uso excessivo da internet tem impactado negativamente a vida cotidiana.

Alfredo Marubo, um dos líderes da comunidade, identificou outro problema: o consumo de pornografia entre os jovens, algo anteriormente desconhecido na tribo.

A chegada da Starlink ao Brasil em 2022, autorizada pela Anatel, foi um marco, especialmente na Amazônia, onde a oferta de operadoras tradicionais é limitada. Em poucos meses, 90% dos municípios da região já contavam com clientes do serviço.

No caso dos Marubo, as antenas foram doadas por Allyson Reneau, uma ativista americana, com o apoio de Enoque, um líder comunitário. Ela defende que os povos indígenas têm direito ao mesmo acesso à internet que outras comunidades, destacando a importância de combater preconceitos e promover a igualdade.

Além de oferecer serviço para usuários individuais, a Starlink comprometeu-se a fornecer internet para 19 mil escolas na Amazônia e para navios da Marinha brasileira.

Apesar dos benefícios em termos de conectividade, foram registrados casos de uso indevido das antenas da Starlink em atividades ilegais, como desmatamento e garimpo, onde são utilizadas para comunicação rápida e alertas sobre operações policiais.

Leia reportagem completa do "The New York Times": Clique aqui

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