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A disputa pela Prefeitura de Juazeiro foi marcada por tensões entre o candidato Andrei da Caixa e a atual prefeita Suzana Ramos, nesta sexta-feira, 20 de setembro, tendo a progressão salarial dos professores da rede municipal como ponto central do conflito.
O repórter Samuel Laudilio, do Portal Spy, investigou a situação para oferecer uma cobertura clara e imparcial. Confira os detalhes:
Versão de Andrei
De acordo com a Coligação "O Futuro Chegou", encabeçada por Andrei, a gestão da prefeita Suzana estaria condicionando a progressão dos professores a uma avaliação inédita, realizada em pleno período eleitoral. A coligação afirma que, tradicionalmente, a promoção dos professores ocorria de forma automática, baseada no cumprimento do prazo legal e na qualidade do serviço prestado. No entanto, este ano, a prefeita teria alterado esse processo, introduzindo uma avaliação conduzida por servidores nomeados pela gestão municipal. Tal medida, segundo os opositores, estaria sendo usada como uma forma de barganha política, associada a práticas de assédio eleitoral, supostamente realizadas via e-mails institucionais da Prefeitura.
A campanha de Andrei ressalta que o direito à progressão salarial está garantido por lei e que nenhum servidor deve ser submetido a avaliações durante o período eleitoral. A coligação destaca ainda que assédio eleitoral é crime e que o caso já está sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho. "Não vamos aceitar que um direito dos profissionais da educação seja usado como mecanismo de barganha por uma candidata mal avaliada", disse Andrei. Ele finaliza dizendo que está entrando com ação contra Suzana por disseminação de fake news.
Versão de Suzana Ramos
Por outro lado, a candidata à reeleição, Suzana Ramos, tem uma versão diferente dos fatos. Sua equipe alega que Andrei ajuizou uma ação judicial para impedir o pagamento da progressão salarial dos professores, ação esta vista como uma tentativa de barrar o benefício para evitar um possível ganho eleitoral para a atual prefeita. O processo judicial teria gerado grande repercussão, especialmente por contar com o apoio de figuras de destaque da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB), como Gilmar Neri e Antônio Carlos. A mudança de postura dessas lideranças, que anteriormente exigiam o pagamento imediato da progressão, foi recebida com surpresa e indignação por parte dos docentes.
Para os aliados de Suzana, a ação movida por Andrei configura-se como uma manobra política prejudicial aos direitos dos professores. "Ao invés de apoiar medidas que beneficiem os professores, ele parece estar disposto a travar o progresso, mesmo que isso signifique prejudicar uma categoria fundamental para a educação pública de Juazeiro", afirmou um porta-voz da campanha de Suzana.
O caso, ainda sob análise judicial, reflete a crescente polarização na disputa eleitoral em Juazeiro, com ambos os lados utilizando a pauta em suas estratégias. Enquanto a oposição acusa a prefeita de utilizar a máquina pública para favorecimento eleitoral, a gestão atual alega que Andrei está tentando desmobilizar os direitos dos servidores em um contexto eleitoral acirrado.
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