Wladimir Matos Soares, de 53 anos, integrou o setor de inteligência da Secretaria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia em 2008 (em governo do PT) e atuou na Polícia Federal em Salvador antes de ser transferido para Brasília.
O policial federal Wladimir Matos Soares, de 53 anos, preso por planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é baiano, natural de Salvador e agente há 22 anos.
De acordo com informações apuradas pela TV Bahia, Wladimir integrou o setor de inteligência Secretaria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) em 2008, ano em que o hoje líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), era governador do Estado, e atuou na Polícia Federal em Salvador antes de ser transferido para Brasília. Não há detalhes sobre quanto tempo ele trabalhou na capital baiana.
De acordo com as investigações, Wladimir Soares usava a posição para repassar informações privilegiadas para outros alvos da investigação e para integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele fez segurança do hotel em que a equipe de transição do governo Lula atuava.
Na representação que fez ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal cita uma mensagem enviada por Wladimir a Sérgio Cordeiro, que era assessor especial da Presidência da República, em 13 de dezembro de 2022.
Um dia antes, apoiadores do então presidente da República Jair Bolsonaro tentaram invadir o edifício-sede da PF. Wladimir contou que uma equipe do Comando de Operações Táticas da PF foi enviada para o hotel Meliá, que sediava a equipe de transição de Lula.
Conforme as investigações, nem Jair Bolsonaro, nem Sérgio Cordeiro são alvos da operação e nem são citados no documento da PF como um dos integrantes do plano para matar o presidente Lula.
Segundo a PF, Wladimir Soares aproveitava a proximidade com Cordeiro para tentar confirmar com o então assessor de Bolsonaro dados sobre os integrantes da equipe de segurança pessoal de Lula.
No mesmo dia, em 13 de dezembro, Sérgio Cordeiro enviou para o policial federal informações sobre Misael Melo da Silva, que integrava a equipe de transição de Lula.
Segundo informações de uma fonte da Polícia Federal, a corporação descobriu, ainda durante a transição de governo, que Wladimir Soares participava do acampamento junto ao quartel-general do Exército, em Brasília.
Nesse momento, ainda segundo a fonte, o policial federal foi afastado de funções que o colocassem próximo à equipe de transição.
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