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Diretores e coordenador de segurança de conjunto penal são afastados após invasão da unidade e fuga de 16 detentos na Bahia

Foto: Reprodução/Seap | 

A diretora, o diretor adjunto e o coordenador de segurança do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, foram afastados dos cargos por 30 dias após a fuga de 16 detentos da unidade na noite de quinta-feira (12). A informação foi divulgada na madrugada deste sábado (14), pelo secretário da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, José Castro.

"Também determinei a intervenção imediata na unidade prisional e para termos uma imparcialidade no reestabelecimento dos procedimentos operacionais, afastai a diretora, o diretor adjunto e o coordenador de segurança da unidade", afirmou.

Durante o afastamento da diretora, o policial penal Jorge Magno Alves Pinto assume o cargo. Os outros dois postos também foram ocupados temporariamente por policiais penais que não tiveram os nomes divulgados. A decisão foi divulgada no Diário Oficial do Estado

Em nota, a Seap informou que a intervenção administrativa da unidade vai durar 30 dias, mas pode ser prorrogada por mais 30, caso seja necessário. Também foi aberta uma sindicância para apurar o caso. As decisões estão relacionadas a imparcialidade nas investigações.

A fuga dos 16 detentos contou com a ajuda de um grupo fortemente armado, que invadiu a unidade prisional e trocou tiros com os agentes de segurança. Enquanto isso, os presos perfuraram o teto de uma cela e usaram uma corda improvisada para pular o muro.

De acordo com a Seap, essa foi a primeira vez que uma unidade prisional da Bahia foi invadida.

O objetivo da ação era libertar o chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis, Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dada. Os outros 15 detentos libertados também fazem parte da mesma facção criminosa.

Entenda como ocorreu a fuga


A fuga ocorreu por volta das 23h, quando oito indivíduos chegaram ao local a bordo de um veículo. A TV Bahia apurou que os invasores dispararam tiros contra as muralhas e torres de vigilância, cortaram parte da cerca metálica com um alicate e acessaram uma das torres próximas ao canil e à horta.

Os fugitivos estavam no pavilhão B do Conjunto Penal. Eles usaram uma "teresa" — tipo de corda artesanal formada por lençóis — para fugir pela lateral do alambrado.

Em entrevista ao vivo no Bahia Meio Dia e, depois, por telefone com o g1, o coronel Luís Alberto Paraíso explicou que foram "duas ações simultâneas". De acordo com o PM, comandante de Policiamento da Região Sul, os internos perfuraram o teto de uma cela para fugir.

"O grupo criminoso veio de fora do presídio, cortou a grade e começou a atirar nas guaritas. Essa troca de tiro sustentou a fuga dos elementos que desceram por cordas e fugiram pelo matagal".

Essas informações não foram confirmadas pela Seap. Em nota, a pasta disse que "um grupo de homens fortemente armados invadiu o Conjunto Penal de Eunápolis e, após intensa troca de tiros com a segurança da unidade, abriram duas celas e 16 internos conseguiram fugir".

Buscas


Na sexta-feira (13), a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) se manifestou por meio de nota, ressaltando que as forças policiais atuam de forma integrada com a Seap, com o objetivo de recapturar os fugitivos.

Ainda na sexta-feira, um dos suspeitos de invadir o presídio morreu em confronto com a Polícia Civil e outro foi preso.

O suspeito preso não teve a identidade revelada. Ele confessou, durante o interrogatório, que receberia R$ 5 mil por participar da ação.

Ainda segundo a polícia, o homem afirmou ter recebido um fuzil para usar na operação. O plano previa que o armamento fosse recolhido após a fuga em troca do pagamento combinado. O suspeito preso não revelou os nomes dos demais integrantes do grupo. G1/Bahia

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