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O dólar manteve escalada e fechou pela quarta vez seguida com recorde. Nesta segunda-feira, a moeda americana teve alta de 1,13%, terminando a sessão a R$ 6,0685. Na máxima durante o dia, chegou a R$ 6,09. No acumulado dos últimos 12 meses, a divisa já registra valorização de 21%.
Entre os fatores internos para a alta da moeda estão a desconfiança do mercado em relação ao pacote fiscal apresentado pelo governo federal e a preocupação com trajetória da dívida pública no país. Analistas apontam que há dúvidas se o pacote passará pelo Congresso sem nenhum tipo de mudança.
Já entre os fatores externos, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que vai impor tarifa de 100% ao Brics, caso os países tentem substituir o dólar em suas transações comerciais. O bloco econômico é formado por economias emergentes como o Brasil, Índia e a África do Sul, além de potências como a China. A ameaça acaba fortalecendo a moeda globalmente.
“Globalmente, a valorização do dólar também está associada à fraqueza do euro, pressionado por fatores como as declarações de Donald Trump sobre o Brics, a queda do PMI japonês abaixo do esperado e a crise política na França. Tanto o euro quanto o iene registraram perdas frente ao dólar, contribuindo para o fortalecimento do índice DXY”, destaca Diego Gardi, gerente comercial e analista da B&T Câmbio.
A edição desta segunda-feira do Boletim Focus trouxe uma estabilização na projeção para o dólar ao final de 2024, que vinha em alta por seis semanas consecutivas. O mercado agora espera que a moeda americana encerre o ano em R$ 5,70; para isso, o dólar teria que cair 5% em dezembro. A estimativa para 2025 aumentou de R$ 5,55 para R$ 5,60, enquanto a de 2026 subiu de R$ 5,50 para R$ 5,60.
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