Foto: Reprodução | |
Os ex-policiais rodoviários federais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas foram condenados por tortura e homicídio triplamente qualificado pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, ocorrida em 2022. Rodolpho recebeu pena de 28 anos, enquanto Noia e Freitas foram sentenciados a 23 anos. O caso chocou o Brasil ao revelar que a vítima foi sufocada em uma viatura, transformada em uma “câmara de gás”, durante abordagem em Umbaúba, Sergipe.
Durante o julgamento, o Ministério Público Federal (MPF) apontou os abusos cometidos, enquanto a defesa dos réus tentou justificar as ações. A decisão do Tribunal do Júri foi baseada em quesitos apresentados pelo juiz Rafael Soares, que presidiu o julgamento. Os ex-agentes estão presos desde outubro de 2022 e foram oficialmente demitidos da PRF em 2023, após processo administrativo.
Genivaldo morreu por asfixia mecânica
Laudos periciais confirmaram que Genivaldo morreu por asfixia mecânica e inflamação das vias aéreas, descartando alegações de surto psicótico feitas pelos policiais. Vídeos da abordagem, amplamente divulgados, mostraram Genivaldo imobilizado e exposto a spray de pimenta e gás lacrimogêneo no porta-malas da viatura por mais de 11 minutos, o que causou sua morte.
A União foi condenada a indenizar a família de Genivaldo em R$ 1 milhão. Segundo a Justiça, o Estado é responsável por crimes cometidos por seus agentes, reforçando a necessidade de maior controle e responsabilização de abusos no exercício de funções públicas.
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