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Robinho passará Natal e Réveillon cumprindo pena pelo crime de estupro no 'presídio dos famosos'

Foto: Reprodução | 

Robson de Souza, o Robinho, vai passar o Natal e o Réveillon no 'presídio dos famosos', como é conhecida a Penitenciária 2 de Tremembé (SP). O ex-jogador de futebol cumpre a pena de nove anos de reclusão pelo crime de estupro coletivo cometido na Itália, em 2013. A informação foi confirmada ao g1 pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

O ex-atleta, de 40 anos, foi detido pela Polícia Federal na cobertura onde morava em Santos, no litoral de São Paulo, no dia 21 de março. A prisão aconteceu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que ele deveria cumprir no Brasil a sentença a qual foi condenado pela Justiça italiana em 2022.

Em novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou dois pedidos de liberdade apresentados pela defesa de Robinho e decidiu, por 9 votos a 2, manter a prisão dele. Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli votaram pela soltura do ex-jogador.

Em nota, a SAP afirmou que Robinho cumpre pena em regime fechado e não tem direito de usufruir da saída temporária nas festas de fim de ano. A pasta explicou que o benefício do Poder Judiciário é destinado apenas aos presos de regime semiaberto.

De acordo com a secretaria, a penitenciária não realizará programação especial de Natal e Ano Novo para os detentos. O g1 entrou em contato com a defesa de Robinho, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Rotina na prisão


Robinho está preso na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

A Penitenciária II é conhecida como 'presídio dos famosos' por já ter recebido detentos de casos de repercussão, como Alexandre Nardoni, que cumpre a pena de mais de 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella em regime aberto e conseguiu autorização da Justiça para passar as festas de fim de ano em Guarujá (SP).

Robinho ficou 10 dias sozinho em uma cela de 8m² para adaptação e realização de avaliações necessárias pela equipe da penitenciária. Depois deste período, ou seja, em 31 de março, ele passou a dividir com outro detento uma cela comum de 2 x 4 metros de dimensão.

Segundo a SAP, Robinho tem livre acesso às atividades educativas e esportivas dentro da penitenciária, como partidas de futebol, oficinas de teatro e inglês, ações religiosas, ensaios musicais e sessões de filmes com comentários. Ele também recebe visitas aos finais de semana.

Ele estava inscrito em uma lista que organiza as vagas de trabalho na unidade. Ela é feita em ordem cronológica por data de ingresso na penitenciária. A oferta das vagas leva em consideração a formação profissional ou habilidade do preso.

Conheça a P2 de Tremembé, para onde Robinho foi transferido em SP; local é chamado de 'presídio dos famosos'. — Foto: Arte/g1

Julgamento

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 9 votos a 2, manter a prisão do ex-jogador de futebol. O julgamento de dois pedidos de liberdade apresentados pela defesa de Robinho terminou no dia 26 de novembro. Veja como votaram os 11 ministros:

Para manter a prisão: Luiz Fux (relator), Edson Fachin, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Flávio Dino, Nunes Marques e Cármen Lúcia.
Para soltar Robinho: Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Robinho preso

Em 21 de março, Robinho foi preso dez anos desde o crime. Nos últimos dois anos, já condenado pela Justiça italiana, permaneceu em liberdade no Brasil, onde levou uma vida normal, com direito a praia, futebol, churrasco.

A Justiça italiana, à princípio, tentou fazer com que o ex-jogador cumprisse a pena de 9 anos no país europeu, mas, por ele estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos, o governo da Itália homologou um pedido para que o ex-jogador fosse preso em solo brasileiro.

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu a demanda e decidiu pela condenação dele em regime fechado.

Polícia Federal prende Robinho em Santos


Veja como foram as últimas horas de Robinho antes da prisão:
Decisão do STJ: Os ministros do STJ votaram em três quesitos para tomar a decisão: condenação, regime e aplicação. Para todos, levaram em consideração o material juntado pela Justiça italiana, cuja sentença foi homologada e validada pelo superior tribunal. Os ministros decidiram pela condenação a 9 anos, em regime fechado e com prisão imediata.

Dormiu em casa: Apesar da decisão falar em prisão imediata, alguns trâmites burocráticos precisariam ser tomados e, à noite, isso não foi possível. No mesmo dia, porém, a defesa do ex-jogador informou e ingressou com um pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspensão da execução da pena enquanto ainda cabe recurso.

Em qual casa?: Robinho tem 20 imóveis na Baixada Santista. Equipes de reportagem optaram por procurá-lo nos dois mais frequentados pelo ex-jogador. Um prédio no bairro Aparecida, em Santos, e em uma mansão avaliada em R$ 10 milhões, em um condomínio fechado em Acapulco, em Guarujá. Nos dois imóveis, luzes acesas e silêncio.

Manhã angustiante: Durante a manhã de quinta-feira muito se falou sobre a prisão, mas nada do STJ dar o próximo passo. Essa situação foi acontecer à tarde.

Ordem de prisão: A presidente do STJ Maria Thereza de Assis Moura, assinou a determinação para a Justiça Federal em Santos cumprir a prisão de Robinho por volta das 4h.

Justiça Federal de Santos: O documento foi recebido por volta das 17h. O jogador estava na cobertura do prédio em Santos.

Mandado de prisão: O juiz Mateus Castelo Branco Firmino da Silva assinou o mandado de prisão de Robinho por volta das 18h30.

Prisão: Os policiais federais chegaram ao prédio de Robinho e deixaram o local com o condenado por volta das 20h. Ele foi levado à sede da PF de Santos, no centro da cidade.

Audiência de custódia: O ex-jogador foi conduzido ao prédio da Justiça Federal, a poucos metros de distância, onde passou por audiência de custódia. O juiz decidiu pela manutenção da prisão.

IML de Santos: Robinho foi levado na sequência ao IML de Santos, onde passou por exame de corpo de delito. No local permaneceu pouco mais de 10 minutos e, de lá, foi levado ao complexo penitenciário de Tremembé, onde chegou durante a madrugada.

Crime

O crime de violência sexual coletiva ocorreu em 2013, quando Robinho era um dos principais jogadores do Milan, clube de Milão, na Itália. Nove anos após o caso, em 19 de janeiro de 2022, a justiça daquele país o condenou em última instância a cumprir a pena estabelecida.

Robinho foi condenado após ter estuprado junto com outros cinco homens uma mulher albanesa em uma boate em Milão. A vítima, inclusive, estava inconsciente devido ao grande consumo de álcool. Os condenados alegam que a relação foi consensual.
Robinho foi condenado pelo crime de estupro coletivo cometido contra uma mulher albanesa na Itália, em 2013. — Foto: Reprodução

Robinho foi condenado pelo crime de estupro coletivo cometido contra uma mulher albanesa na Itália, em 2013. — Foto: Reprodução

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