Amazônia Legal registrou um aumento de 482% na degradação florestal em 2025

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No primeiro trimestre deste ano, a Amazônia Legal registrou um aumento de 482% na degradação florestal, em relação ao ciclo de desmatamento anterior, ao totalizar 33,8 mil km². No mesmo período de 2024, a área degradada foi de 5,8 mil km². Esse é o maior registro da série histórica do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Os dados foram divulgados na última quinta-feira, 27.

Queimadas e extração de madeira são os principais fatores que impulsionam essa degradação, o que comprometeu a vegetação e facilitou o desmatamento. A área degradada é comparável à extensão de Porto Velho (RO), que possui 34 mil km², a maior capital em extensão territorial no Brasil. Série histórica da degradação na Amazônia.

“Não seria bom para o Brasil, em um ano tão decisivo como o da COP30, fechar este calendário com números em alta”, observa Carlos Souza Júnior, coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon. “O governo e órgãos de fiscalização precisam agir agora para reverter essa tendência e mostrar ao mundo um compromisso real com a preservação da Amazônia.”

Fevereiro tem recorde de degradação na Amazônia Em fevereiro de 2025, ocorreu um recorde de 211 km² de floresta degradada, um aumento de 1.407% em comparação com o mesmo mês de 2024. O Pará foi o Estado mais afetado, ao concentrar 75% da área degradada, seguido pelo Maranhão, com 14%. Capital paraense, Belém vai ser a sede da 30ª edição Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30 mencionada por Souza Júnior. Dos municípios mais impactados, sete estão localizados no Pará e dois no Maranhão.