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Neste artigo, Samuel Laudilio descreve a leitura do cenário político atual feita por opositores de Jair Bolsonaro. Confira:
Até ontem, Fernando Collor era apontado por alguns como um exemplo que Jair Bolsonaro poderia usar para se defender. Contudo, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a prisão de Collor passou a ser vista por adversários de Bolsonaro como um sinal direcionado ao ex-presidente.
Vale ressaltar que esse artigo descreve a interpretação feita por opositores do ex-presidente e não reflete a opinião do autor do artigo e nem do Portal Spy.
A prisão de Collor aconteceu para cumprir uma sentença de 2023, que completaria dois anos em maio. Para os opositores de Bolsonaro, essa decisão pode indicar que o STF estaria endurecendo sua postura contra condenados por crimes graves. No caso de Bolsonaro, ele vinha tentando comparar sua situação à de Collor, argumentando nos bastidores que Moraes estava correndo para prendê-lo enquanto Collor — mesmo condenado por corrupção a quase nove anos de prisão em regime fechado — continuava livre. Agora, com a ordem de prisão contra Collor, essa comparação perdeu força na visão desses críticos.
No despacho sobre a prisão de Collor, Moraes fez algumas observações que alguns opositores de Bolsonaro interpretaram como um recado indireto aos advogados do ex-presidente. O ministro estaria enviando um sinal de que recursos protocolados apenas para ganhar tempo e evitar o cumprimento da pena não vão funcionar por muito tempo, relatam críticos de Bolsonaro.
Collor foi acusado oficialmente em 2015, mas passou praticamente dez anos circulando livremente, como se nada tivesse acontecido. O STF adiou decisões, condenou, voltou atrás, até que, em novembro de 2024, confirmou a sentença. No mês passado, a defesa dele tentou um último recurso para discutir a redução da pena. Moraes, no entanto, rejeitou essa tentativa, afirmando que os advogados só repetiram argumentos já negados pelo tribunal. Ele então ordenou a prisão imediata de Collor, mesmo que os outros ministros ainda precisem votar sobre o caso virtualmente.
Para alguns opositores de Bolsonaro, essa decisão pode ser vista como um precedente importante. Eles acreditam que Moraes estaria pavimentando o caminho para a prisão do terceiro ex-presidente do Brasil: Bolsonaro. A previsão dessas pessoas é que Bolsonaro seja julgado entre setembro e outubro, e que, mantida a postura firme de Moraes contra manobras protelatórias, a ordem de prisão possa sair antes do Natal. É fundamental destacar, porém, que essa visão de cenário é defendida por críticos de Bolsonaro, e não é uma conclusão explícita do autor do artigo.
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